O ser humano está intimamente ligado a este estado de pura
limitação de seus sentidos éticos e morais, assim, como de uma absurda falta de
tolerância perante o outro, o que ele entende e o julga como sendo “diferente”.
Nós precisamos entender e nos conscientizarmos, de que nem
sempre o que é bom para você, será bom para o outro. Muitas das vezes, o que
lhes parece estranho e amargo, é perfeitamente normal e doce para outras
pessoas. Mas nem por isso, o outro merece ser considerado como menos importante,
insignificante ou simplesmente não ter a sua existência notada, nem respeitada.
O ser humano dotado de peculiaridades que lhes são de
direito, continua a esforçar-se para não querer enxergar a falta de respeito e
de bonsenso para com o próximo. Característica essa que o distingue de forma
bastante significativa, como: predadores de valores.
Certa vez ouvi uma frase que diz: “Para mudar o mundo, é
preciso que primeiro mudemos a nós mesmos”.
Ao passar dos anos percebi o quanto é importante os
significado desta frase, se lógico, a colocarmos em prática. Ou seja, se
passarmos a agir de modo mais justo e tolerante com o próximo, pois, a inversão
dos valores é o que está pautando as transformações que percebemos e chegamos a
sentir na pele em nosso cotidiano.
Este comportamento incompreensível e inadequado por parte da
grande maioria deixa-me na obrigação de esclarecer aos senhores e senhoras, que
isso se arrasta por séculos, onde com o passar dos tempos se reproduziu com
novas roupagens, mas, sempre usando, abusando e subjugando o outro, como
subserviente e incapaz de caminhar com as próprias pernas.
No decorrer da leitura, acredito que possam ter surgido
indagações sobre quem seria este “outro” do qual tenho enfatizado
repetidamente. Este “outro” é o sem voz, sem espaço, sem quase nada, digo
quase, porque ainda lhes resta algumas migalhas de uma pobre vida.
Por: Carlos Silva